A evolução do ambiente regulatório do e-commerce e o seu impacto no crescimento desse setor
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O objetivo do ambiente regulatório do e-commerce é harmonizar os interesses de todos que estão envolvidos nesse setor, ou seja, varejistas, plataformas de pagamento, consumidores e governo.
Por conta disso, as leis que compõem esse ambiente têm como foco garantir os direitos dos clientes, sua segurança, a captura e utilização correta dos seus dados sensíveis, entre outros pontos.
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Em setembro de 2018, por exemplo, uma regulamentação do Banco Central atingiu diretamente os marketplaces.
Ainda que a nova norma não fosse direcionada para esse segmento, entendeu-se que os marketplaces atuavam como facilitadores de pagamento.
Por esse motivo, as liquidações das transações realizadas com cartão (débito ou crédito) deveriam ser centralizadas na CIP, Câmara Interbancária de Pagamentos.
Isso fez com que os marketplaces precisassem implementar uma infraestrutura tecnológica apropriada para se integrarem a esse regulador, o que também levou a acordos com bandeiras de cartões, obtenção de certificação PCI DSS e outros ajustes.
O que queremos dizer com isso? Que apesar desse setor estar em consolidado crescimento, o ambiente regulatório do e-commerce impacta diretamente na sua forma de atuação, na entrega de boas experiências aos usuários, e até mesmo nos meios de pagamento que podem ser oferecidos.
A pergunta que fica é: como alinhar todas essas questões, atender às atuais necessidades dos clientes e, ainda, manter um bom volume de vendas?
As 5 principais leis que regem o ambiente regulatório do e-commerce
Apesar de todo cenário altamente favorável que o setor está vivendo nos últimos tempos, o ambiente regulatório do e-commerce latino-americano é bastante diversificado, o que pode impactar na implementação de algumas estratégias de crescimento.
No Brasil, especificamente, as principais leis que regem esse mercado são:
- Lei nº 8.078/1990 — Código de Defesa do Consumidor
- Lei nº 12.741/2012 — Lei da Transparência
- Decreto Federal nº 7.962/2013 — Lei do E-commerce
- Lei nº 12.965/2014 — Marco Civil da Internet
- Lei nº 13.709/2018 — Lei Geral de Proteção de Dados
Sobre essa última lei, não deixe de ouvir este episódio do Papo na Nuvem
Assim, questões tributárias, e até mesmo quais serão os meios de pagamentos oferecidos, devem ser bem trabalhados no planejamento estratégico dos negócios que compõem esse mercado.
Quanto às soluções de pagamento, fechar parceria com empresas especializadas no segmento é uma das melhores maneiras de atender ao ambiente regulatório do e-commerce e, ao mesmo tempo, suprir as necessidades dos consumidores.
O comércio eletrônico hoje
A pandemia do novo coronavírus afetou consideravelmente o comércio eletrônico em todo o mundo. No Brasil, atingimos a marca histórica de mais de R$ 87 bilhões em vendas em 2020, segundo dados da Ebit | Nielsen.
Foram 13,2 milhões de novos consumidores, representando um crescimento de 23% novos clientes em comparação a 2019.
O ticket médio também aumentou de R$ 417 em 2019, para R$ 452 em 2020, comprovando que os consumidores estão gastando mais em compras online.
Ainda que seja um cenário extremamente favorável e com expectativa de se manter em crescimento, esse setor tem uma série de complexidades a serem superadas, incluindo o ambiente regulatório do e-commerce.
O relatório The Global Payments Report, da Worldpay from FIS, constatou que o comércio da América Latina, incluindo o eletrônico, é um dos mais exigentes e complexos para as empresas internacionais, a exemplo das bandeiras de cartões.
Os meios de pagamento digitais, as licenças de adquirência e o fluxo de pagamentos online diferem em cada região e, inclusive, comprometem o acesso aos serviços bancários pela população desbancarizada.
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A boa notícia é que o comércio eletrônico latino é composto por uma considerável parcela de consumidores jovens, que ajudam a fomentar a entrega de novas tecnologias e soluções de pagamento.
Um forte impulsionador desse perfil e dessas novas necessidades tem sido a penetração cada vez maior dos smartphones.
Segundo o levantamento da Worldpay, só no Brasil, houve um crescimento de 66%, o que também leva a um aumento do uso da internet através desses dispositivos, condição que também colabora para a realização de compras online.
Alinhando meios de pagamento e ambiente regulatório do e-commerce
Quem trabalha no setor varejista deve ter em mente que quanto mais diversificadas forem as opções de pagamento, maiores as chances de o cliente concluir a compra. Especialmente no comércio eletrônico, os meios de pagamento têm ainda mais peso.
A falta de segurança no processo, por exemplo, está entre os principais motivos que levam ao abandono de carrinhos.
Somado a esse ponto, checkout complexos ou fricções na etapa de pagamento contribuem para que os clientes desistam da aquisição e reduzem as chances de tentar comprar novamente daquela empresa no futuro.
A ideia é, portanto, oferecer um mix de meios de pagamento, composto principalmente pelas soluções preferidas dos consumidores.
De acordo com a Worldpay, as opções mais oferecidas pelo comércio eletrônico brasileiro em 2020 foram:
- cartão de crédito: 43%;
- carteira digital: 17%;
- cartão de débito: 13%.
Mas é essencial também abrir espaço para novas ferramentas de pagamento. A carteira digital, por exemplo, cresceu 43,5% em todo o mundo, em resposta à pandemia.
Estima-se que, até 2024, esse meio de pagamento terá 31,2% de participação no comércio eletrônico.
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O Pix, mesmo que ainda seja visto mais como uma solução para transferência de valores, vem, cada dia mais, ganhando espaço para o pagamento de compras.
Pesquisas apontam que o sistema instantâneo de pagamentos é utilizado por 28% dos clientes para compras informais e 18% para compras em lojas virtuais.
E esse mesmo levantamento apontou para a possibilidade de 25% de uso de um novo meio de pagamento, o WhatsApp.
Recentemente, o Banco Central autorizou dois arranjos de pagamento e uma instituição, relacionados ao aplicativo de mensagens, para a realização de transferência de valores, o que abre mais uma opção para o varejo.
Como trazer todas essas soluções para o seu negócio, atender às necessidades dos seus clientes e se manter de acordo com o ambiente regulatório do e-commerce?
Como dissemos anteriormente, parceria com empresas especializadas é o melhor caminho. A Zoop, fintech líder em tecnologia para serviços financeiros, é uma delas.
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