Fintechs brasileiras: 7 tendências e perspectivas para 2023
As fintechs brasileiras representam 9,1% de todo o mercado nacional de startups, segundo constatado pela pesquisa “Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups” da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), em parceria com a Deloitte.
Essas empresas são as principais responsáveis pela transformação digital e modificações ocorridas no ecossistema bancário nos últimos anos. Isso aconteceu devido à criação e entrega de soluções inovadoras que contribuíram para que mais pessoas tivessem acesso ao mercado financeiro, entre outros reflexos positivos.
Paralelo a isso, elas fomentaram a competitividade no setor, tirando o monopólio dos grandes bancos e estimulando a entrega de produtos e serviços financeiros mais baratos para os clientes finais.
Considerando a relação entre fintechs e Banco Central, e as diversas tratativas dadas por esse órgão regulamentado para potencializar o crescimento das startups financeiras, é certo que elas seguirão em expansão ao longo de 2023.
Dito isso, quais seriam as principais tendências e perspectivas para 2023 entre as fintechs brasileiras?
Podemos adiantar que conceitos como finanças incorporadas, criptomoeda, Inteligência Artificial, entre outros, estão inseridos nesse cenário. Para conhecer os demais, basta seguir a leitura deste artigo!
7 tendências e perspectivas para as fintechs brasileiras
Tomando como base o apontado por Bruno Diniz (um dos principais influenciadores do segmento fintech no país, em matéria para o site Future of Money), e pelo levantamento feito pela a16z (gestora norte-americana de Venture Capital, citado em matéria do site Terra), algumas das principais tendências e perspectivas para as fintechs brasileiras, para 2023, são:
- Business Banking
- Banking as a Service
- Beyond Banking
- Compliance
- Inteligência Artificial
- Open Finance
- Criptomoedas
Business Banking
O termo em inglês Business Banking significa “banco de negócios”, e consiste em um modelo de plataforma e de soluções de infraestrutura financeira voltadas para empresas.
Seguindo a mesma linha do conceito Banking as a Service (BaaS), essa solução — a qual é criada por fintechs —, viabiliza e acelera o processo de inclusão de serviços financeiros próprios ao portfólio de companhias que não são nativas desse setor.
A principal diferença entre BaaS e Business Banking, é que segundo é voltado exclusivamente para o mercado B2B. Ou seja, trata-se de produtos e serviços financeiros desenvolvidos por uma empresa, para outra empresa.
Banking as a Service
E já que estamos falando de Banking as a Service, esse tipo de solução é apontada como uma das tendências entre as fintechs brasileiras não por ser uma novidade, mas, sim, por fazer parte dos potenciais arranjos competitivos do mercado financeiro para 2023.
O motivo é que os bancos tradicionais também adentraram nessa vertical e passaram a oferecer a tecnologia necessária para que negócios dos mais variados segmentos começassem a atuar como empresas financeiras, sem desviar do core business.
Com isso, as fintechs têm pela frente um cenário desafiador, o qual exigirá criatividade para se diferenciar dos concorrentes e, dessa forma, não perder espaço na área de entrega de soluções BaaS.
Entenda mais sobre esse conceito assistindo a este vídeo exclusivo!
Beyond Banking
Em português, Beyond Banking quer dizer “além do banco”. Consiste em uma maneira de deixar as soluções oferecidas por um negócio que atua no mercado financeiro mais personalizadas.
Isso quer dizer que a entrega aos clientes vai além de contas digitais, cartões de débito ou crédito, Pix, empréstimos, entre outros produtos e serviços financeiros.
Por meio do conceito Beyond Banking é possível expandir o portfólio de soluções, por meio da parceria com diversas outras empresas e marcas.
Em resumo, seria uma espécie de marketplace ofertada pela instituição financeira que contempla outras conveniências que melhoram a experiência e o dia a dia dos clientes.
Por exemplo, pelo uso do app bancário se torna possível comprar aparelhos eletrônicos, itens domésticos, livros, ingressos de shows, entre diversas outras opções, dependendo da parceria firmada.
Compliance
As empresas que contratam a tecnologia de uma Fintech as a Service adquirem as soluções prontas, necessitando apenas parametrizar de acordo com as suas regras e colocar a marca do negócio em todos os produtos e/ou serviços bancários criados.
Nesse cenário, as questões regulatórias também são de responsabilidade das startups de serviços financeiros, que devem entregar as APIs em conformidade com as determinações dos órgãos regulamentadores.
Essa é uma atividade listada como tendência para as fintechs brasileiras por abrir caminho para a criação de soluções que ajudarão outras companhias com questões relacionadas à compliance financeira.
Aqui, o contexto contemplaria algo em torno do desenvolvimento de ferramentas que automatizariam o processo de atendimento a leis e regras financeiras, de modo a otimizar essa questão e reduzir o tempo necessário de adequação.
Inteligência Artificial
Entre os modelos de Inteligência Artificial, o ChatGPT está entre os assuntos mais comentados nos últimos tempos e também pode fomentar o desenvolvimento de soluções entre as fintechs startups e as Big Techs.
O ChatGPT é um formato de IA que realiza conservações de modo natural entre pessoas e máquinas.
No mercado de serviços financeiros, esse recurso pode ser usado para, por exemplo, reduzir o tempo de análise de crédito e, com isso, liberar em menos tempo empréstimos tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
Dica! Aproveite e leia este artigo:”8 tipos de crédito para a sua empresa e como escolher o melhor!“
Open Finance
A implementação do Open Finance abriu um importante caminho para as maiores fintechs do Brasil, bem como para aquelas que estão iniciando suas atividades, expandirem suas atuações.
Entre as possibilidades geradas por esse ecossistema, estão o aumento da capacidade de conhecer o cliente, facilitando a entrega de produtos e/ou serviços realmente personalizados em menos tempo.
O Open Finance também pode ser visto como um recurso de atração, por exemplo, se for usado como meio para os clientes “testarem” as soluções oferecidas antes de efetivamente contratá-las.
Entenda mais sobre as probabilidades geradas por esse conceito lendo o artigo: “Open Finance: desafios e oportunidades do novo conceito“
Criptomoedas
A lei que regulamenta as criptomoedas, Lei 14.478/22, entrou em vigor no dia 22 de dezembro de 2022.
Atribuindo mais segurança aos processos de compra e venda de moedas digitais, a tendência é que as pessoas se interessem mais por esses ativos e aumente a aquisição e utilização, inclusive usando-os como meios de pagamento.
Com isso, as fintechs têm a chance de desenvolver soluções voltadas para esse mercado e ajudar empresas dos mais variados segmentos a incluírem as criptomoedas como um dos métodos de pagamentos oferecidos aos consumidores.
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