Embedded finance: insights do Payment Revolution e tendências

“Todos podem virar banco, mas quem deveria?” Para responder a esta pergunta, entre outras sobre embedded finance, Cesário Martins, CEO da Zoop, subiu ao palco principal do Payment Revolution.
Esse evento anual, realizado pela StartSe, se destaca por reunir líderes inovadores do setor financeiro e promover debates sobre tendências e tecnologia.
A questão abordada por Cesário traduz um cenário em que negócios de todos os setores têm acesso à tecnologia necessária para oferecer serviços financeiros, com os pagamentos em um lugar central nas estratégias de crescimento, fidelização e inclusão.
O objetivo? Transformar profundamente a relação de empresas com seus clientes e com o próprio papel que desempenham na economia.
Martins destacou que a porta de entrada para esse movimento está, na maioria das vezes, nos meios de pagamento.
De soluções plug and play, como links de pagamento e Pix, a ofertas mais sofisticadas de crédito e carteiras digitais, cada produto exige um nível diferente de complexidade e implantação. Por isso, é necessário planejamento e atenção aos detalhes.
O especialista comentou: “O aprendizado geralmente começa pelos pagamentos, e a partir deles é que se vão construindo e implementando outras soluções.”
Por isso, preparamos este artigo com insights do evento para você entender o que é embedded finance e descobrir as tendências de pagamentos para o seu negócio não ficar para trás. Acompanhe!
O que é embedded finance?
Também chamada de finanças embutidas, é a integração de serviços financeiros, como pagamentos, crédito, seguros, cartões e investimentos. O processo ocorre em plataformas ou aplicativos de marcas não financeiras. Assim, permite que os clientes realizem transações sem sair da experiência de compra, o que torna a operação mais fluida e personalizada.
Na prática, empresas de outros setores, como varejo e tecnologia, usam APIs de fintechs, como a Zoop, para oferecer contas digitais, cartões, pagamentos e financiamentos sob sua própria marca, sem precisar ser bancos tradicionais.
Essa estratégia melhora a experiência do cliente, cria novas fontes de receita e fortalece o relacionamento com o público, enquanto o negócio reduz barreiras tecnológicas e regulatórias para entrar no mercado financeiro.
O embedded finance transforma a dinâmica do mercado financeiro ao facilitar democratizar o acesso a produtos financeirosbancários. Ou seja, aproxima os serviços da rotina dos usuários e os torna menos intrusivos e mais adaptados às necessidades atuais. É uma tendência que cresce fortemente no mundo conforme a digitalização da economia e dos pagamentos avança.
Por que a transformação do mercado começa pelos pagamentos?
Os meios de pagamento são a porta de entrada para o embedded finance, pois integram a jornada do cliente em plataformas digitais. Soluções como links de pagamento, Pix e carteiras digitais, por exemplo, tornam as transações rápidas, seguras e transparentes, além de eliminarem fricções.
Você pode até não perceber, mas o embedded finance já está presente em serviços do dia a dia, como nos seus pedidos pelo iFood, Uber, Mercado Livre, Magalu e Decolar, que usam APIs para oferecer pagamentos e crédito sob sua própria marca. Assim, criam experiências fluidas e fortes vínculos com os clientes.
Pense só: na hora de pagar, você conclui a transação dentro do mesmo aplicativo, certo? É assim que seu cliente faria se fosse a plataforma de finanças embutidas da sua empresa.
Em sua palestra no Payment Revolution 2025evento, Cesário Martins destacou que essa combinação de tecnologia reduz intermediários tradicionais, acelera processos e abre novas oportunidades para negócios inovadores no mercado financeiro, o que transforma a experiência do consumidor e o relacionamento com marcas.
Leia também: Diferença entre Banking as a Service e Embedded Finance
Qual é o presente e o futuro do embedded finance?
O embedded finance deixou de ser apenas uma inovação distante e já faz parte do dia a dia. Essa tendência de pagamento está presente em apps de delivery, plataformas de e-commerce, bancos digitais e até mesmo em pequenos negócios que utilizam o celular como maquininha.
Trata-se de um movimento que acelera a transformação do mercado ao integrar serviços financeiros diretamente no fluxo da experiência do cliente, sem redirecionamentos ou barreiras.
Para as empresas, o futuro do embedded finance representa novas fontes de receita, fidelização, redução do CAC (Custo de Aquisição de Clientes) e diferenciação competitiva.
Já para consumidores e empreendedores, as finanças embarcadas possibilitam acesso a crédito e serviços financeiros de forma personalizada e sem atrito, mais inclusão financeira e estímulo à inovação.
O resultado é um ciclo virtuoso: enquanto usuários têm experiências mais rápidas e personalizadas, os provedores ampliam sua base e a economia ganha eficiência.
A seguir, veja exemplos práticos que mostram como esse modelo já está consolidado no Brasil, conforme Martins abordou em sua palestra no Payment Revolution.
Exemplos práticos
- iFood Pago: criado em meio à crise da pandemia, quando bares e restaurantes viram seu faturamento cair, tornou-se peça essencial do ecossistema da plataforma ao oferecer crédito
- Tap to Pay do Nubank: desenvolvido em parceria com a Zoop, transformou o celular de clientes PJ em maquininhas para reduzir barreiras e custos para aceitação de pagamentos;
Confira mais casos de sucesso das soluções de embedded finance da Zoop:
- Zoop e Align: como essa parceria resultou em mais conversões?
- Meios de pagamento: como a Zoop ajudou a B2B Reservas?
Qual é o potencial de mercado do embedded finance?
O mercado de embedded finance cresce em ritmo acelerado e já movimenta cifras bilionárias em todo o mundo. Segundo a Juniper Research, o segmento movimentou cerca de US$ 111,72 bilhões em 2024 e deve alcançar US$ 228 bilhões até 2028. Ou seja, dobra de tamanho em apenas quatro anos.
Já a pesquisa da Precedence Research apresenta uma projeção ainda mais ousada: o setor deve crescer de US$ 148,38 bilhões em 2025 para aproximadamente US$ 1,73 trilhão até 2034, o que representa uma taxa média anual superior a 30%.
Esse avanço será impulsionado, principalmente, pela demanda por conveniência, pelo fortalecimento dos pagamentos móveis e pela expansão de modelos, como crédito embutido e super apps financeiros.
No Brasil, o movimento também já é realidade. Em 2024, o mercado nacional de finanças embarcadas movimentou R$ 4,31 bilhões, reflexo da rápida digitalização do consumo, do ambiente regulatório favorável e da adoção crescente por fintechs e empresas de varejo.
Esses números mostram que as finanças embarcadas não são apenas uma tendência, mas um pilar de transformação estrutural, capaz de criar novas fontes de receita, ampliar a inclusão financeira e redefinir a relação entre empresas e consumidores.
Quais são os benefícios do embedded finance para empresas e clientes?
O embedded finance está moldando o futuro dos meios de pagamento ao integrar serviços financeiros diretamente em plataformas digitais e negócios não financeiros. E essa prática gera valor tanto para empresas quanto para consumidores ao criar experiências mais fluidas e personalizadas.
Para as empresas, os principais benefícios são:
- Geração de novas fontes de receita por meio da oferta de serviços financeiros adicionais;
- Aumento da fidelização, já que o cliente permanece mais tempo no ecossistema da marca;
- Diferenciação competitiva em mercados saturados;
- Redução do CAC (Custo de Aquisição de Clientes) ao unir conveniência e valor agregado.
Para os consumidores, as vantagens incluem:
- Mais inclusão financeira, especialmente para públicos desbancarizados;
- Acesso facilitado a crédito, seguros e investimentos;
- Experiências sem fricção, com pagamentos rápidos e seguros em um só ambiente.
Na prática, o embedded finance cria um ciclo de ganha-ganha: empresas ampliam suas oportunidades e clientes vivem jornadas mais completas e integradas.
Quais são as tendências de pagamentos?
O CEO da Zoop também apontou tendências que moldam o setor internacionalmente, como:
- Hiperpersonalização biométrica, que representam produtos financeiros que se adaptam a dados fisiológicos em tempo real;
- Autenticação contínua além de senhas;
- Avanços de players chineses, como Alipay, Alibaba e Tencent.
Em suas palavras, Martins destacou: “Embedded Finance é o presente e o futuro”, e o caminho aponta para o fim da fricção nos meios de pagamentos e transações financeiras.
Embora tenha reforçado que se transformar em agente financeiro não é isento de desafios, como a regulação e a gestão de risco, Martins destacou o papel da Zoop em facilitar essa jornada. Entenda a seguir!
Qual é o papel da Zoop no futuro dos meios de pagamento?
Com infraestrutura white-label de pagamentos, conta digital e crédito, e mais de 540 marketplaces e 14 mil estabelecimentos comerciais em diferentes segmentos, a empresa se posiciona como parceira tecnológica para que marcas criem seus próprios serviços financeiros sem precisar enfrentar sozinhas toda a complexidade operacional.
Ou seja, com a Zoop, a era da segmentação genérica chegou ao fim. Agora, conhecer a transação do cliente é o que permite oferecer experiências hiperpersonalizadas e sustentáveis.
“É isso que deixará sua empresa muito mais forte daqui para frente”, concluiu Martins, o que reforça que os pagamentos não devem ser lidos mais como infraestrutura, mas estratégia central de diferenciação e crescimento.
O recado que ficou é simples e desafiador na mesma medida: na economia digital, ser banco já não é questão de licença, é questão de visão, parcerias estratégicas e capacidade de gerar valor em qualquer mercado.
Conte com a Zoop para integrar e personalizaras soluções ao seu negócio! Fale agora com um especialista e invista em embedded finance com quem entende sobre o assunto.
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