
Compliance e gestão de riscos e os impactos nas empresas

Em um cenário empresarial cada vez mais regulado, digitalizado e competitivo, compliance e gestão de riscos deixaram de ser temas restritos ao jurídico ou ao setor financeiro. Hoje, são pilares estratégicos para a saúde e a reputação de qualquer negócio – principalmente quando falamos de empresas que operam com dados sensíveis e transações financeiras.
Se você atua em uma fintech, e-commerce, startup ou empresa de tecnologia, entender esses dois conceitos é essencial para garantir segurança, escalabilidade e sustentabilidade.
Neste artigo, você vai entender o que é compliance e gestão de riscos empresariais, por que esses conceitos são tão importantes e como aplicá-los de forma prática no seu negócio.
Para começar, vamos diferenciar os termos, que se complementam, mas não são a mesma coisa. Aproveite a leitura!
O que é compliance e gestão de riscos empresariais?
Compliance é o conjunto de práticas e políticas que uma empresa adota para garantir que suas atividades estejam em conformidade com as leis, normas e regulamentos aplicáveis ao seu setor. Dessa forma, inclui legislações nacionais, regras de órgãos reguladores (como o Banco Central ou a CVM) e até políticas internas, como códigos de conduta e ética.
Já a gestão de riscos envolve a identificação, avaliação e mitigação de eventos que podem afetar a operação, a imagem ou a estabilidade financeira de uma empresa. Esses riscos podem ser operacionais, financeiros, reputacionais, cibernéticos ou legais.
Enquanto o compliance atua de forma preventiva, para assegurar que as atividades empresariais estejam dentro das regras, a gestão de riscos identifica ameaças e cria planos de ação para evitá-las ou minimizá-las.
Qual a diferença entre gestão de riscos e compliance?
Apesar de estarem interligados, compliance e gestão de riscos têm focos diferentes:
- o compliance está relacionado à obediência às regras, ou seja, evitar que a empresa descumpra leis e diretrizes internas ou externas;
- a gestão de riscos é mais ampla, pois antecipa e avalia quais eventos indesejados podem afetar o negócio, mesmo que não estejam necessariamente relacionados a leis ou regulações.
Ambas as práticas se complementam: o compliance ajuda a evitar penalidades e sanções legais, enquanto a gestão de riscos contribui para evitar perdas, prejuízos e danos à reputação.
Qual a importância de políticas de compliance e gestão de riscos nas empresas?
Implementar políticas claras de compliance e uma estrutura eficaz de gestão de riscos é uma forma de proteger a empresa de dentro para fora. Esse cuidado é ainda mais importante em setores altamente regulados, como o sistema financeiro.
Em geral, as políticas de compliance e gestão de riscos contribuem para:
- criação de regras internas e códigos de conduta que guiam o comportamento de colaboradores, parceiros e gestores;
- prevenção de fraudes, desvios de conduta e lavagem de dinheiro;
- redução de falhas operacionais devido a processos mal estruturados;
- maior transparência para investidores e órgãos reguladores;
- fortalecimento da reputação da empresa no mercado;
- atender à necessidade de compliance e gestão de riscos no sistema financeiro, especialmente em fintechs, instituições de pagamento, empresas de crédito ou que lidam com dados sensíveis dos usuários.
Dessa forma, ao construir políticas consistentes, as empresas criam um ambiente mais seguro, previsível e sustentável.
Compliance e riscos empresariais: quais os desafios e soluções?
Empresas em fase de crescimento rápido, como startups e fintechs, frequentemente deixam de lado a estruturação de compliance e a avaliação de riscos. No entanto, essa prática pode gerar sérios problemas no médio e longo prazo.
Entre os desafios mais comuns estão:
- falta de processos claros para monitorar operações;
- ausência de políticas internas de segurança e conduta;
- equipes despreparadas para lidar com questões legais e regulatórias;
- uso inadequado de dados sensíveis e falhas em auditorias.
A longo prazo, esses erros podem levar a multas, perda de licenças, bloqueio de operações ou até à interrupção total de serviços financeiros.
Ferramentas e cultura organizacional como parte da solução
A solução passa por dois pilares principais: cultura organizacional e uso de ferramentas adequadas. É importante que a cultura seja orientada à ética, transparência e responsabilidade, o que se constrói com treinamentos, comunicação clara e liderança comprometida.
Já as ferramentas devem ajudar a monitorar riscos, realizar auditorias internas, controle de acesso a dados, rastreabilidade e automação de processos regulatórios.
Em geral, as empresas que investem em tecnologia e cultura de conformidade têm uma vantagem competitiva real, pois conseguem crescer com segurança e conquistar a confiança de parceiros e clientes.
Compliance no sistema financeiro: o que muda?
No setor financeiro e de meios de pagamento, esses conceitos são ainda mais críticos, pois o segmento está sob constante fiscalização e exige adequação a uma série de normas específicas.
Algumas das principais exigências são:
- LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados): determina como os dados dos usuários devem ser coletados, armazenados e tratados;
- Regulação do Banco Central: fintechs, SCDs (Sociedades de Crédito Direto) e SEPs (Sociedades de Empréstimo entre Pessoas) precisam seguir regras específicas de governança e compliance;
- PCI DSS (Padrão de Segurança de Dados do Setor de Cartões de Pagamento): norma global para segurança em operações com cartão.
Além disso, realizar auditorias regularmente, prezar pela transparência contábil e manter a segurança cibernética são exigências básicas para instituições que operam nesse setor.
A Zoop, por exemplo, atua em total conformidade com as normas do Banco Central, LGPD e PCI DSS para oferecer soluções de pagamento white label com segurança, rastreabilidade e controle de ponta a ponta. Assim, garante aos parceiros e clientes a tranquilidade de operar com um player 100% regularizado.
Caminhos para empresas mais seguras e eficientes
No cenário atual, a adoção de práticas robustas de compliance e gestão de riscos não é apenas uma exigência legal, mas sim uma vantagem estratégica. Afinal, em tempos de transformação digital, clientes e parceiros valorizam empresas que demonstram responsabilidade, transparência e segurança em todas as etapas da operação.
E é justamente nesse ponto que soluções tecnológicas fazem a diferença. Plataformas como a da Zoop oferecem infraestrutura financeira white label com:
- dados criptografados;
- controle de acesso granular;
- rastreabilidade de ponta a ponta;
- ambiente regulado e seguro.
Com tecnologia embarcada e foco em conformidade, a Zoop apoia empresas que buscam escalar seus negócios com solidez e segurança.
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FAQ
Quais são as principais regras do compliance?
As principais regras envolvem a observância das leis, regulamentos setoriais, normas internas e princípios éticos da organização. Essas diretrizes buscam prevenir condutas irregulares, promover a transparência e assegurar que a empresa atue com integridade, responsabilidade e em conformidade com as exigências legais e regulatórias aplicáveis ao seu segmento.
O que diz a Lei de Compliance?
No Brasil, não existe uma lei única chamada “Lei de Compliance”. No entanto, o conceito se orienta por um conjunto de normas que visam garantir a integridade e a conduta ética das organizações. Entre as principais legislações que compõem esse arcabouço estão a Lei Anticorrupção (nº 12.846/2013), a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Lei de Lavagem de Dinheiro (nº 9.613/1998), o Código de Defesa do Consumidor, entre outras.
Cada uma dessas leis trata de aspectos específicos de conformidade, o que reforça a importância de as empresas adotarem políticas e programas eficazes para atender às exigências legais e mitigar riscos.
Quais são os 4 principais tipos de compliance?
Os 4 tipos de compliance mais comuns são:
- Compliance regulatório: cumprimento das normas e exigências de agências e órgãos reguladores específicos do setor de atuação;
- Compliance trabalhista: conformidade com leis trabalhistas, normas sindicais e boas práticas nas relações de trabalho;
- Compliance fiscal: adequação às obrigações tributárias, incluindo o correto pagamento de impostos e entrega de declarações;
Compliance de segurança da informação: proteção de dados, sistemas e informações sensíveis contra acessos indevidos, vazamentos e ciberataques.
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