
Web Summit Lisboa 2025: insights para negócios brasileiros

Durante quatro dias, o Web Summit Lisboa transformou a cidade em um laboratório vivo, em que inteligência artificial, novos modelos de pagamento, transição energética e colaboração entre países foram discutidos com profundidade.
A mensagem central se repetiu em diferentes palcos: o futuro das finanças será orientado por propósito, inclusão e diversidade, e não apenas por eficiência tecnológica.
As discussões refletiram um cenário em que sistemas inteligentes operam em escala, mas a coerência das marcas e a construção de significado continuam dependendo de uma boa curadoria humana.
A edição, que reuniu mais de 71 mil participantes de 157 países e 2.725 startups, consagrou o Summit 2025 como o maior da história, com destaque para outro recorde: a presença de 40% de startups lideradas por mulheres.
Mais do que um evento, o Web Summit foi uma bússola estratégica dos tempos atuais e para os que virão. Ao final, uma percepção era unânime: discutir negócios hoje é, inevitavelmente, discutir inteligência artificial.
Continue a leitura para entender como esses movimentos impactam diretamente o futuro dos pagamentos, da inovação e das oportunidades para as empresas brasileiras.
O que o Summit Lisboa 2025 revelou sobre o protagonismo do Brasil?
O Brasil foi apresentado como referência global em inclusão financeira, infraestrutura pública digital e velocidade de adoção tecnológica. O Pix, as fintechs e as iniciativas de democratização do acesso a serviços financeiros foram exemplos de como é possível inovar com impacto social e escalar soluções de grande alcance.
As empresas brasileiras que combinam eficiência tecnológica com sensibilidade cultural se destacaram no evento, mostrando que o futuro dos negócios dependerá dessa convergência.

O recado em Lisboa foi: o Brasil não apenas acompanha a transformação global, mas também influencia os seus próximos passos.
O pagamento virtual é a nova fronteira da inovação financeira?
Logo no início do Summit Lisboa, uma frase definiu o tom do encontro: “a revolução dos pagamentos não vem de um banco americano ou europeu. Vem do Banco Central do Brasil.” A declaração de Paddy Cosgrave, cofundador do evento, destacou o que o mundo já reconhece: o pagamento virtual brasileiro é referência global em eficiência, inclusão e escala.
O Pix recebeu atenção especial por suas características que combinam simplicidade e impacto: é gratuito, interoperável, instantâneo e alcança mais de 80% da população, conforme dados do Banco Central.
Enquanto grandes economias ainda discutem como modernizar suas infraestruturas de pagamento, o Brasil já opera um sistema público que inspira políticas e roadmaps internacionais.
Para executivos e empresas, o recado foi que o modelo brasileiro prova que a inovação em pagamentos digitais pode impulsionar a competitividade, reduzir os custos sistêmicos e ampliar o acesso financeiro a pessoas desbancarizadas.
E o mundo começa a seguir esse caminho.
Afinal, a inclusão agora é infraestrutura, e não tendência, pois se tornou um dos pilares para o crescimento do setor financeiro. O caminho é construir confiança, transparência e ampliar o acesso para quem não tem ou não utiliza conta bancária.
Leia também: Zoop Summit 2025: insights sobre a era dos pagamentos mobile
Como a IA de pagamento redefine confiança e governança?
Em vez de focar apenas a capacidade computacional ou a velocidade de modelos, as palestras do Summit Lisboa reforçaram que a verdadeira vantagem competitiva da IA, especialmente no setor de pagamentos, está na confiança que é capaz de gerar. Palestras como Demystifying Responsible AI destacaram pilares que se tornaram inegociáveis, como:
- diversidade nas bases de treinamento;
- explicabilidade como requisito de operação;
- uso ético e transparente dos dados;
- governança como demanda regulatória crescente.
Ao mesmo tempo, um movimento curioso surgiu: ao tornar a produção e o refinamento quase instantâneos, a IA nivelou o campo técnico. Dessa forma, o assunto dos próximos anos é a criatividade, vista como diferencial estratégico e não como etapa final.
E designers, líderes de produto e executivos concordaram que não existe vantagem tecnológica se não existir vantagem criativa.
Ou seja, a inteligência artificial ganhou um novo tom: menos técnica, mais ética e humana. E, no setor de pagamentos, significa gerar confiança antes de gerar código.
IA de pagamento no setor financeiro: o que muda agora?
As discussões no Web Summit Lisboa 2025 mostraram que a IA de pagamento entrou em uma nova fase, menos experimental e mais aplicada ao dia a dia das empresas. No setor financeiro, representa o uso de sistemas mais inteligentes, capazes de antecipar riscos, personalizar experiências e reduzir atritos operacionais.
Algumas aplicações de IA ganharam destaque nos palcos, como:
- algoritmos antifraude mais humanos, que analisam comportamento e contexto, não apenas padrões binários;
- assistentes financeiros generativos, capazes de traduzir questões complexas para uma linguagem simples e acessível;
- soluções que unem eficiência, inclusão e confiança para criar jornadas mais seguras e fluidas para usuários e empresas.
À medida que a IA se torna parte estrutural do sistema financeiro, outro aspecto passa a influenciar a competitividade global, como a capacidade de operar essa tecnologia de forma sustentável.
Summit Lisboa e energia limpa: qual é a vantagem competitiva?
Com data centers, modelos generativos e sistemas de pagamento operando em escala, a sustentabilidade deixou de ser um tema ambiental e passou a ser um assunto econômico. No painel Brazil’s Clean Power Advantage in the AI Age, especialistas destacaram o diferencial brasileiro: 93% da matriz energética é renovável.
O país também foi reconhecido como referência global em transição energética e regulação de carbono, combinação que equilibra produtividade, custo e responsabilidade ambiental.
Assim, a conclusão foi que a vantagem competitiva da IA depende, cada vez mais, da fonte de energia que a sustenta.
Quais oportunidades o Summit 2025 destacou para a sustentabilidade financeira?
A sustentabilidade financeira tornou-se um eixo estratégico para modelos de negócio se manterem competitivos. Entre as oportunidades destacadas estiveram o avanço das fintechs verdes, os novos modelos de financiamento sustentável e o crescimento de soluções digitais voltadas à economia de baixo carbono, que combinam inovação com métricas de impacto ambiental.
Outro ponto forte foi a percepção de que uma infraestrutura energética inclusiva é condição para escalar a IA de forma segura, previsível e economicamente viável. Sem energia limpa e acessível, qualquer avanço tecnológico enfrenta limites operacionais e regulatórios.
No campo geopolítico, debates sobre a China, a Europa e as tensões globais reforçaram uma ideia recorrente: a tecnologia é neutra, mas o uso que fazemos dela não é. Esse entendimento redesenha o equilíbrio econômico e pressiona as empresas a adotarem práticas mais responsáveis.
Em resumo, veja o que vem pela frente na sustentabilidade financeira:
- infraestruturas abertas e interoperáveis;
- algoritmos auditáveis;
- IA alimentada por energia limpa;
- fronteiras cada vez mais difusas entre finanças, tecnologia e sustentabilidade.
Portanto, o mercado financeiro está entrando em uma era em que a eficiência e o impacto socioambiental caminham juntos, e quem entender essa realidade primeiro sai na frente.
Qual é o futuro dos pagamentos segundo o Summit Lisboa?
Três palavras surgiram sobre o futuro dos pagamentos: serviço, dado e colaboração. O desafio agora é conectar as tecnologias de forma humana, transparente e útil. A próxima década não será definida pela velocidade de criação de novas soluções, mas pela qualidade das conexões que criam entre pessoas, empresas e ecossistemas.
O evento reforçou que inclusão, propósito e responsabilidade deixam de ser diferenciais. Tornam-se pré-requisitos estruturais para qualquer empresa operar em escala, construir confiança e gerar impacto real.
Sistemas abertos, interoperáveis, alimentados por IA e sustentados por energia limpa definem o novo terreno competitivo. Nesse contexto, os pagamentos não são mais um ponto da jornada, mas são parte estratégica da experiência e retenção de clientes e do crescimento da marca.
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