
Drex: tudo o que você precisa saber sobre a moeda digital brasileira

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Sumário
Introdução
O que é o Drex e como ele funciona?
1.1 Como o Drex se encaixa no cenário das moedas digitais?
1.2 De onde vem o nome Drex?
1.3 Como funcionará o Drex?
1.4 Como será a infraestrutura e o funcionamento técnico?
1.5 Quais os valores e custos da versão digital do Real?
Como o Drex e o Pix se relacionam?
2.1 Pix
2.2 Drex
2.3 Relação entre Drex e Pix
Quanto vale o Drex e quais as diferenças para o Real?
3.1 O Drex acabará com o dinheiro impresso?
3.1.1 Desafios da adesão dos brasileiros ao Drex
3.1.2 Desafios e preocupações quanto à segurança
Diferença entre Drex e Bitcoin
Como funciona a regulação do Drex?
Como adquirir o Drex?
Quando será o lançamento do Drex?
7.1 Previsões e roadmap de implementação do Drex
Quais benefícios o Drex trará para as empresas?
8.1 Benefícios do Drex para os consumidores
Casos de uso e exemplos práticos
Conclusão
Introdução
Em breve, o Brasil terá sua primeira moeda digital, o Drex, versão digital do Real, com o mesmo valor e poder de compra do dinheiro em espécie.
Desde agosto de 2020, o Banco Central (Bacen) estuda a viabilidade do desenvolvimento e entrega de um modelo virtual da moeda oficial brasileira. Tão logo essa jornada for concluída, o órgão regulador colocará nosso país no grupo de nações que também têm suas CBDC.
CBDC é a sigla para o termo em inglês Central Bank Digital Currency, que, em português, significa Moeda Digital do Banco Central.
Segundo os dados da organização Atlantic Council, Think Tank norte-americano de relações internacionais, sessenta países estão em estágio avançado de desenvolvimento de suas CBDCs, e mais de vinte bancos centrais lançaram seus pilotos, como o Brasil, Japão e Rússia.
Os governos desses países entenderam que a versão virtual das moedas oficiais ajuda a promover a digitalização da economia.
Além disso, promove o aumento da segurança e traz mais proteção diante de possíveis fraudes, já que é possível rastrear todo o fluxo transacional.
Adicionalmente, a CBDC reduz os custos operacionais, como os voltados para impressão do dinheiro em espécie e transporte.
No que se refere diretamente às operações empresariais, mudanças na forma de receber pagamentos e a possibilidade de criar novos modelos de negócio, inclusive internacionais, são alguns dos impactos positivos esperados após a implementação do Drex.
Neste e-book, você entenderá tudo sobre a moeda digital brasileira.
Siga a leitura e descubra o que esperar e como preparar o seu negócio.
1. O que é o Drex?
O Drex é o Real, moeda oficial do Brasil, em formato digital . A proposta do Banco Central afirma que a CBDC brasileira terá o mesmo valor e aceitação (no que se refere à movimentação financeira) que a versão tradicional do nosso dinheiro.
Significa que, quando lançado, os brasileiros poderão usar o Drex na realização de diversos tipos de pagamentos, como de contas de consumo e compras, além de obtenção de empréstimos e outras formas de ofertas de crédito e transferência de valor via Pix.
Em outras palavras, tudo o que hoje fazemos com o Real será realizado com a sua versão digital da moeda oficial brasileira.
1.1 Como o Drex se encaixa no cenário das moedas digitais?
O Drex se encaixa no cenário das moedas digitais por também ser uma CBDC. No Brasil, será emitida e regulamentada pelo Banco Central, que é o responsável pelo projeto e pela infraestrutura tecnológica que permitirá as operações.
O órgão regulamentador também garantirá a segurança, transparência e conformidade com as diretrizes financeiras do país.
O Drex segue a tendência global de digitalização do dinheiro, no qual diversos países estão em fase de desenvolvimento, ou já implementaram, suas próprias moedas digitais para modernizar seus sistemas financeiros, conforme o relatório do Atlantic Council apontou.
1.2 De onde vem o nome Drex?
Inicialmente, o projeto da CBDC brasileira era chamado de Real Digital. Entretanto, foi renomeado para transmitir um conceito mais moderno e uma sonoridade mais forte.
O nome Drex tem a seguinte composição:
- D = digital;
- R = real;
- E = eletrônica;
- X = ideia de conexão, tecnologia e possível ligação com o Pix.
Por falar em Pix, vale destacar que ambos os projetos fazem parte da mesma família de soluções do Bacen, que visa promover a digitalização da economia e modernizar o mercado financeiro nacional. Na prática, esses produtos não competem entre si, mas se complementam.
1.3 Como funcionará o Drex?
A versão digital do Real funcionará a partir da Plataforma Drex do Banco Central. Trata-se de um ambiente virtual que usa a tecnologia de registro distribuído, Distributed Ledger Technology – DLT.
A emissão do Drex é feita pelo Bacen, assim como acontece com o Real em espécie. Uma vez gerado, o órgão regulamentador o libera para as instituições financeiras autorizadas (como bancos e fintechs) para disponibilizá-lo para os clientes finais usarem em suas operações financeiras, as quais foram denominadas “transações de varejo”.
Quer dizer que, para os brasileiros usarem a versão digital do Real, eles precisarão de um intermediário financeiro devidamente autorizado pelo Banco Central. É essa entidade autorizada que acessará a Plataforma Drex e transferirá a quantia presente na conta digital do cliente para a carteira digital Drex.
Quando liberada, a CBDC brasileira poderá ser trocada por cédulas de Real e vice-versa. Entretanto, vale destacar que o foco da versão digital do Real é seu uso para transações financeiras online.
Inclusive, neste primeiro momento, o Banco Central não prevê a utilização do Drex em movimentações offline.
1.4 Como será a infraestrutura e o funcionamento técnico?
Como comentado, o Drex usará a tecnologia de registro distribuído (DLT), que é um blockchain autorizado, no qual apenas instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central poderão atuar como validadores das transações.
Todas as transações serão registradas de forma imutável nesse blockchain, o que garante segurança, rastreabilidade e transparência.
A tecnologia do Drex também conta com os contratos inteligentes, que são programas autoexecutáveis a partir de uma determinada regra, norma ou ação, que automatizam diferentes tarefas e operações.
No caso do Drex, os contratos inteligentes permitirão, por exemplo, pagamentos programados, liquidação automática de transações e financiamentos sem burocracia.
A infraestrutura técnica da versão digital do Real também permite interoperabilidade com o Pix, o que é ideal para impulsionar a adoção pelo público e ampliar a digitalização da economia brasileira.
1.5 Quais os valores e custos da versão digital do Real?
Assim como o Real, o Drex em si não tem custo para os brasileiros. Afinal, não é preciso “comprar” a moeda para tê-la na carteira digital. Desde que a pessoa tenha saldo na conta, a movimentação tende a ser gratuita.
Todavia, devido à necessidade de um intermediário no processo de conversão e uso, pode acontecer de as instituições financeiras cobrarem alguma taxa ou tarifa dos clientes bancários.
Até o momento, não há por parte do Banco Central uma diretriz definida em relação a essa questão.
O órgão regulador ainda estuda os modelos de cobrança da versão digital do Real, pois o objetivo é torná-lo interessante e acessível a todos, e cobranças podem desestimular a adesão. Por outro lado, o Bacen precisa garantir que o projeto se sustente sozinho em longo prazo.
No que se refere à possível cobrança por parte das instituições financeiras, o órgão entende que a Plataforma Drex é bastante eficiente, inovadora e que, inclusive, facilita a entrada de novos players no mercado financeiro, o que aumenta a competitividade.
Por essas características, o Bacen acredita que a tendência é haver ofertas de produtos e serviços financeiros vinculados ao Drex, com taxas menores que as praticadas atualmente para o uso de outras soluções.
Dessa forma, espera-se a gratuidade para:
- transferência de valores entre pessoas físicas;
- pagamento de compras e contas de consumo.
E com alguma taxa ou tarifa para:
- transações internacionais;
- conversão do Drex para outras CBDC.
2. Como o Drex e o pix se relacionam
Já comentamos que Drex e Pix são projetos que fazem parte da família de soluções do Banco Central, certo? Eles são produtos financeiros complementares, mas com objetivos e funções bastante distintas.
2.1 Pix
O Pix é o sistema de pagamentos instantâneo que o Bacen lançou em novembro de 2020.
A solução foi desenvolvida para facilitar e otimizar pagamentos e transferências de valores ao permitir a realização dessas operações a qualquer hora ou dia da semana, em um fluxo 24/7, com finalização do processo em até 10 segundos.
Segundo dados do Banco Central, 2024 teve um crescimento de 54% na quantidade total de transações via Pix. Os brasileiros movimentaram mais de R$ 26 trilhões em quase 64 trilhões de operações.
Essa adesão cada dia mais expressiva é decorrente de todas as vantagens que o Pix oferece para quem o utiliza, como:
- rapidez;
- praticidade;
- segurança;
- facilidade de uso;
- ausência de taxas para pessoas físicas.
Para as empresas que aceitam o Pix como meio de pagamento, os benefícios incluem
- recebimento dos valores em menos tempo, o que melhora o fluxo de caixa;
- custos operacionais menores que os praticados em outros meios de pagamento;
- abrangência de diferentes grupos de consumidores, que gera novas oportunidades de vendas e leva ao aumento do faturamento;
- estímulo às compras não programadas;
- modernização do negócio.
→ Dica! Veja como funciona o Pix da Zoop! ←
2.2 Drex
O Drex é a versão digital do Real, a moeda oficial brasileira. Essa é uma alternativa para os brasileiros, que poderão usá-lo ou não.
Entre os objetivos do Banco Central com o desenvolvimento desse projeto, está o estímulo à criação de novos modelos de negócios, a custos menores, além da entrada de novos prestadores de serviço.
Todo o fluxo operacional da moeda digital acontecerá na Plataforma Drex, que garantirá a segurança necessária para as transações financeiras digitais, bem como a possibilidade de padronização, automatização e programação das operações.
2.3 Relação entre Drex e Pix
A partir do lançamento do Drex, será possível fazer Pix com a moeda digital brasileira.
A proposta do Banco Central é que a carteira do Drex também comporte o sistema de pagamentos instantâneo e que se torne uma opção para os brasileiros transferirem valores ou pagarem as compras.
→ Leia também: “Real digital e avanço do Pix no Brasil: o que você precisa saber“ ←
3. Quanto vale o Drex e quais as diferenças para o Real?
A conversão do Real para o Drex é na proporção de 1:1. Isto é, cada moeda da versão digital tem o mesmo valor da versão em espécie.
O poder de compra de ambos os tipos também será idêntico. Significa que o que se compra com um será possível comprar com o outro, sem incidência de acréscimo ou decréscimo no valor da operação.
Quanto às diferenças entre Drex e Real, as principais são:
Drex | Real |
Emitido pelo Banco Central em formato 100% digital. O armazenamento é feito em uma carteira digital específica. | Emitido pelo Banco Central em formato físico de cédulas e moedas. É “palpável” e tem a opção de ser depositado para ser usado em contas bancárias digitais. |
Todas as operações acontecem via internet. | É possível movimentá-lo fisicamente, de “mão em mão”. |
Usa a tecnologia blockchain, a mesma adotada para o desenvolvimento e a movimentação de criptomoedas. | Não precisa de nenhuma tecnologia adicional para existir ou utilizar. |
Acessível a quem tem dispositivos com conexão à internet e carteira digital. | Possível de usar mesmo por quem não tem acesso à internet. |
As transações podem ser feitas 24 horas por dia, 7 dias da semana. | Processos como saque e depósito em espécie precisam ser realizados no horário bancário, com comparecimento do interessado em agências ou caixas eletrônicos. |
Os custos para a emissão incluem pontos como manutenção da rede blockchain e gastos com energia elétrica. | Há o custo da impressão das cédulas e fabricação da moeda, bem como de transporte e segurança dessa operação. |
As transações são rastreáveis, o que ajuda a combater fraudes e crimes financeiros, como a lavagem de dinheiro. | O uso de dinheiro em espécie não permite rastrear as transações, o que facilita o uso em práticas ilegais. |
É uma solução programável, que viabiliza diversas automatizações. | Não permite nenhum tipo de programação por ser uma solução física. |
Tem alto potencial para impactar positivamente a economia, a exemplo de estimular a criação de novos modelos de negócio. | Causa os impactos já conhecidos na economia nacional, sem capacidade de originar novos cenários. |
3.1 O Drex acabará com o dinheiro impresso?
O Drex não tem o objetivo de acabar com o Real em espécie . Na verdade, deve ser visto como uma extensão da moeda brasileira que conhecemos e usamos atualmente, assim como uma alternativa de uso no dia a dia.
A expectativa do Banco Central é torná-lo um serviço facilitador de transações financeiras, tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas.
Uma das discussões em torno do Drex é se o seu uso levará ao fim do dinheiro em espécie, com o passar do tempo.
Essa não é a intenção do projeto, especialmente pelo fato de que, para chegar a esse cenário, seria preciso que 100% da população brasileira estivesse digitalizada, o que ainda está longe de ser uma realidade.
3.1.1 Desafios da adesão dos brasileiros ao Drex
A pesquisa TIC Domicílios 2024, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), revelou que o Brasil tem 141 milhões de usuários de internet. Nas cidades, 85% dos lares estão conectados, nas áreas rurais 75%.
Apesar de serem bons números, 29 milhões de brasileiros não têm acesso à rede mundial de computadores. Significa que, apesar do avanço tecnológico, ainda há desigualdade.
Somado a esse grupo, é fundamental considerar a população em condição de rua, que não tem acesso a dispositivos digitais e internet e, por esse motivo, depende do dinheiro em espécie para sobreviver.
Outros perfis que terão dificuldade de usar o Drex são:
- moradores de áreas remotas ou rurais sem infraestrutura de internet na região, tanto fixa quanto móvel;
- comunidades de baixa renda;
- pessoas com pouco ou nenhum conhecimento digital;
- idosos;
- indivíduos com deficiência cognitiva ou dificuldades visuais.
Por fim, é preciso considerar também os brasileiros que não têm nenhum desses obstáculos ou problemas e que, simplesmente, optarão por não usar a versão digital do Real.
Os motivos para essa escolha podem ser:
- desinteresse por soluções tecnológicas;
- resistência a novidades e modernizações;
- falta de confiança nos serviços financeiros digitais;
- receio de serem vítimas de golpes ou fraudes na internet.
Para ser democrático e garantir o atendimento de todos os brasileiros, o Drex não acabará com o Real em espécie.
3.1.2 Desafios e preocupações quanto à segurança
A implementação do Drex é complexa porque requer atenção especial a desafios e preocupações relacionados à segurança, privacidade e impactos na política monetária brasileira.
Por exemplo, mesmo com o sistema baseado em tecnologia blockchain — o que aumenta a resistência a fraudes e manipulação de dados — o Banco Central precisa prever cenários de possíveis ataques cibernéticos e incluir mecanismos de proteção robustos e precisos contra hackers e vazamento de informações.
O uso de contratos inteligentes é prático e viável, mas a funcionalidade não está isenta de falhas na programação, o que gera a possibilidade de acesso por pessoas mal-intencionadas.
Um dos pontos positivos do Drex é a rastreabilidade das operações, o que já não acontece com o dinheiro físico. Contudo, o órgão regulador precisa alinhar essa vantagem ao cumprimento da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
No que se refere ao impacto na política monetária nacional, o Banco Central não pode ignorar o fato de que os bancos podem perder a liquidez se houver a migração de grandes volumes de dinheiro para a versão digital. Também é crucial calcular o reflexo dessa movimentação na inflação.
Por todos esses motivos, o Drex segue em período de teste com agentes bancários previamente aprovados pelo Bacen. O objetivo é liberar a moeda digital brasileira para a população somente após a identificação e solução dos principais desafios.
4. Diferença entre Drex e Bitcoin
Quando se fala em moeda digital, a primeira imagem que surge na mente é de uma criptomoeda, como o Bitcoin. Porém, o Drex funciona de maneira diferente.
As criptomoedas são descentralizadas, o que significa que não pertencem a nenhum banco ou instituição financeira. Já a CBDC pertence a um banco central específico — no caso, o Drex é do Banco Central do Brasil.
Outra diferença importante é que as criptos sofrem os impactos da volatilidade, que é a mudança constante e inesperada de seus valores. Já a versão digital do Real não está passível a esse problema, e manterá a mesma valorização da versão física da moeda.
O que ambos têm em comum é o fato de serem ativos financeiros 100% digitais e só existirem em ambientes online. Em paralelo, tanto Drex quanto Bitcoin têm como base a mesma tecnologia, a blockchain.
Trata-se de uma rede composta por blocos criptografados que armazenam seus próprios dados e, também, os dados de seus antecessores. Por esse motivo, qualquer violação é praticamente impossível.
Tudo o que se armazena nesses blocos é criptografado e validado, de forma compartilhada, sincronizada e somente após o consenso de vários nós (computadores) que formam a cadeia.
Assim, as operações feitas com o Drex serão muito mais seguras e transparentes do que as realizadas atualmente com o Real em espécie.
5. Como funciona a regulação do Drex?
O Banco Central apontou as primeiras diretrizes do Drex por meio da Portaria nº 108.092, de 20 de agosto de 2020, que instituiu um Grupo de Trabalho Interdepartamental (GTI), em formato consultivo, para estudar a viabilidade da emissão da versão digital do Real.
O intuito do documento era deixar claro a necessidade de levantamentos e análise para temas e dúvidas, como:
- iniciativa da criação de uma CBDC brasileira;
- desafios do projeto;
- benefícios para os brasileiros;
- como seriam os modelos de pagamento digitais com essa versão;
- identificação de riscos e planos de contenção;
- análise dos impactos no que se refere à inclusão financeira.
Conforme o projeto do Drex evolui, o Bacen inclui novas diretrizes. As mais recentes, datadas de 2023, apontam diversas outras questões, como:
- desenvolvimento de modelos inovadores com a incorporação de tecnologias compatíveis com liquidação de operações por meio da “Internet das Coisas” (IoT)
- possibilidade de pagamentos offline;
- aplicação de regras e normas atualizadas para operações realizadas na Plataforma Drex;
- garantia da segurança jurídica, princípios, regras de privacidade e segurança previstos na legislação brasileira, principalmente a Lei do Sigilo Bancário e a Lei Geral de Proteção de Dados.
Até o momento, não há regulamentações ou diretrizes quanto aos custos ou possíveis taxas e tarifas do Drex.
→ Aproveite e leia também: “Lei do Sigilo Bancário: o que é e sua importância no Open Finance” ←
6. Como adquirir o Drex?
Todos os brasileiros poderão usar a versão digital do Real após seu lançamento, independentemente de serem pessoas físicas ou jurídicas.
Para tanto, será necessário ter a carteira digital Drex que ficará sob a responsabilidade de uma instituição financeira — aplicativo que ainda está em desenvolvimento e que, ao que tudo indica, poderá ser vinculado ao app e internet banking que o cliente bancário já utiliza.
Essa entidade (um banco ou fintech, por exemplo) precisa ter autorização do Banco Central para oferecer o Real Digital. O motivo é que será a responsável pelo acesso à Plataforma Drex e pela conversão do saldo em Real para o Drex para utilização do dia a dia.
7. Quando será o lançamento do Drex?
Ainda não há data para o lançamento da versão digital do Real. O projeto está na fase de testes, em um ambiente digital restrito, e segue o cronograma nomeado “Piloto Drex“.
A estimativa do Banco Central é lançar a CBDC brasileira ao longo de 2025. Porém, para cumprir a agenda, é fundamental que os participantes e o projeto em si alcancem níveis maiores de maturidade.
7.1 Previsões e roadmap de implementação do Drex
A implementação do Drex acontece em fases que o Banco Central determinou. Para iniciar a segunda, o Bacen encerrou 24 de novembro de 2024 o prazo para envio de propostas de novos casos de negócio. Após análise, restaram 50 propostas das 101 que o órgão regulamentador recebeu.
Pelo fato de o Piloto do Drex ter se mostrado desafiador do ponto de vista tecnológico, a segunda fase exige um acompanhamento extremamente preciso.
Enquanto o processo evolui, os gestores podem preparar suas empresas com diversas ações, como:
- entender o que são e como funcionam os contratos inteligentes;
- capacitar e treinar as equipes a partir das informações que já têm;
- pensar e estruturar a criação de novos modelos de negócio;
- amplificar a aceitação de meios de pagamentos digitais.
→ Não deixe de ler: “Futuro dos meios de pagamento: como preparar o seu negócio?” ←
8. Quais benefícios o Drex trará para as empresas?
Estes são alguns dos possíveis benefícios que a versão digital do Real trará para as empresas:
- mudanças no fluxo de pagamento: com a melhora da experiência dos clientes e diminuição do tempo de checkout, tal como acontece hoje com o Pix;
- aprimoramento da gestão financeira: decorrente do uso de uma solução digital que é integrável a plataformas de pagamento online, o que facilita o acompanhamento de entrada e saída de valores;
- redução de custos operacionais: principalmente os provenientes de transporte e segurança;
- diminuição de riscos e fraudes: visto que as operações com Drex são rastreáveis;
- criação de novos modelos de negócios: a exemplo dos voltados para oferta de crédito e empréstimos com tarifas menores que as atualmente praticadas;
- viabilização do atendimento de diferentes grupos de consumidores: como os que estão fora do país ou que não usam cartões em compras online;
- possibilidade de aumentar o volume de vendas e faturamento: sobretudo pelo estímulo às compras não programadas, pelo fato de que o comprador poderá pagar a aquisição mesmo se não tiver com dinheiro ou cartão no momento.
8.1 Benefícios do Drex para os consumidores
Já para os consumidores, estima-se esses benefícios:
- pagamentos rápidos e baratos: devido a transações instantâneas e com taxas menores devido à eliminação de intermediários;
- segurança elevada: por conta da tecnologia blockchain, que garante operações financeiras transparentes, imutáveis e com proteção contra fraudes;
- facilidade de uso: por meio da integração com o Pix, o que também torna a adesão e a adaptação mais simples;
- automação de transações: visto que o Drex tem potencial para aprimorar pagamentos recorrentes e débitos automáticos;
- redução da dependência de moeda física: pois dispensa a necessidade do uso do dinheiro em espécie, o que também aumenta a segurança;
- melhor controle financeiro: decorrente do histórico financeiro claro e transparente apresentado no aplicativo bancário e carteira digital.
→ Confira também: “Vantagens de uma plataforma de pagamentos white label e mais!” ←
9. Casos de uso e exemplos práticos
A PwC prevê um novo varejo a partir do lançamento do Drex. Segundo a empresa de consultoria, a versão digital do Real abre caminho para a inovação de produtos e serviços e para a expansão nacional e internacional das empresas.
O varejo, por exemplo, poderá oferecer aos consumidores uma nova forma de pagamento, além de financiamento direto com os clientes, práticas que potencializam a atração, a conversão e a fidelização.
O Drex também viabilizará a redução dos custos de crédito devido à tokenização — processo de conversão de direito de bens para o formato digital — e permitirá o uso acoplado à IoT, a exemplo da autorização de pagamento via assistentes inteligentes, como a Alexa.
No dia a dia, estes são alguns exemplos de possíveis usos da moeda digital:
- pagamento de salário de funcionários e fornecedores;
- investimento em ativos digitais sem a necessidade de portar criptomoedas;
- obtenção e oferta de financiamentos e empréstimos a partir do uso dos contratos inteligentes;
- aprimoramento dos pagamentos recorrentes, como de escolas, academias e serviços de streaming.
10. Conclusão
O Drex é a versão digital do Real, e seu uso será opcional tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
No entanto, a CBDC brasileira promete diversas vantagens, como facilitar os pagamentos digitais, reduzir custos operacionais e aumentar a segurança e transparência das transações financeiras.
Entre os objetivos do Banco Central com esse projeto, um que se destaca é elevar a eficiência e modernizar o sistema de pagamentos nacional.
Quanto a esse ponto, vale destacarmos que as tecnologias certas são essenciais para a criação e entrega de formas e meios de pagamento mais dinâmicos, modernos e seguros, que melhoram a rotina de quem paga e de quem recebe.
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